
O Estado de Santa Catarina será beneficiado pela medida, pois as exportações de carne de pato para a União Europeia já rendem o equivalente a US$ 210 milhões por ano para a indústria catarinense. A cota aumentaria este faturamento em pelo menos mais US$ 32 milhões a cada ano, algo que, na opinião de Bauer aumentaria o dinamismo do setor, com maior geração de postos de trabalho e renda ao estado.
“Estou encaminhando, como membro do Parlasul, uma proposta de recomendação a ser submetida ao Plenário do Parlasul, que se reunirá em breve em Montevidéu e do qual muitos Senadores e Deputados Federais brasileiros participam, para que lá, efetivamente, o assunto seja tratado no âmbito do Mercosul”, informou o catarinense. Ele estima que o acordo de livre comércio com a União Europeia seja fechado até o ano que vem.
O senador sabe que falar em carne de pato até pode parecer “exótico”, uma vez que o consumo médio desse produto para cada brasileiro não excede a 15 gramas por ano. “Mas na Europa a média de consumo dessa carne é de 1 kg por habitante/ano”, comentou. Ou seja, há um amplo mercado a ser explorado por produtores brasileiros.
O parlamentar citou números da União Brasileira de Avicultura, segundo os quais as exportações de carne de ave – aí incluídas carnes de frango, peru, pato, ganso e outras – chegaram a 964 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, com um crescimento de 8,3% em volume e 24,3% em faturamento, que superou US$ 2 bilhões. As exportações de carne de pato, entretanto, tiveram uma redução de 70% no mesmo período.
O senador destacou ainda que a China, por exemplo, é uma das nações com grande interesse nesse mercado, tendo expandido suas exportações de carne de pato de 1,9 milhão de toneladas para 2,8 milhões de toneladas entre 2000 e 2009. O país asiático já possui três fábricas licenciadas para vender carne de pato cozida à União Européia, com capacidade de produção de 30 mil toneladas ano.
O volume do comércio mundial de carne de pato equivale a 130 mil toneladas por ano. Desse total, a Europa responde por mais de 50% e suas importações são crescentes, porque sua produção não tem crescido suficientemente para atender à demanda.
(Alessandro Bonassoli, da Assessoria de Comunicação)
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