www.flickr.com

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Elevar exportação de carne de pato é alternativa de lucro para SC e o Brasil



Brasília (DF), 22/09/2011 – O Senador Paulo Bauer (PSDB-SC) pediu em Plenário, na tarde desta quinta-feira, à presidente Dilma Rousseff que determine aos representantes brasileiros nas negociações sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia que tentem incluir nelas uma cota de carne de pato para as exportações nacionais. Ele sugeriu que, na sexta rodada de negociações em Montevidéu, no Uruguai, entre os próximos dias 7 e 11 novembro, a cota pedida seja de 20 mil toneladas por ano. “Um número perfeitamente factível dentro de nossa realidade produtiva”, disse o parlamentar.



O Estado de Santa Catarina será beneficiado pela medida, pois as exportações de carne de pato para a União Europeia já rendem o equivalente a US$ 210 milhões por ano para a indústria catarinense. A cota aumentaria este faturamento em pelo menos mais US$ 32 milhões a cada ano, algo que, na opinião de Bauer aumentaria o dinamismo do setor, com maior geração de postos de trabalho e renda ao estado.
“Estou encaminhando, como membro do Parlasul, uma proposta de recomendação a ser submetida ao Plenário do Parlasul, que se reunirá em breve em Montevidéu e do qual muitos Senadores e Deputados Federais brasileiros participam, para que lá, efetivamente, o assunto seja tratado no âmbito do Mercosul”, informou o catarinense. Ele estima que o acordo de livre comércio com a União Europeia seja fechado até o ano que vem.
O senador sabe que falar em carne de pato até pode parecer “exótico”, uma vez que o consumo médio desse produto para cada brasileiro não excede a 15 gramas por ano. “Mas na Europa a média de consumo dessa carne é de 1 kg por habitante/ano”, comentou. Ou seja, há um amplo mercado a ser explorado por produtores brasileiros.
O parlamentar citou números da União Brasileira de Avicultura, segundo os quais as exportações de carne de ave – aí incluídas carnes de frango, peru, pato, ganso e outras – chegaram a 964 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, com um crescimento de 8,3% em volume e 24,3% em faturamento, que superou US$ 2 bilhões. As exportações de carne de pato, entretanto, tiveram uma redução de 70% no mesmo período.
O senador destacou ainda que a China, por exemplo, é uma das nações com grande interesse nesse mercado, tendo expandido suas exportações de carne de pato de 1,9 milhão de toneladas para 2,8 milhões de toneladas entre 2000 e 2009. O país asiático já possui três fábricas licenciadas para vender carne de pato cozida à União Européia, com capacidade de produção de 30 mil toneladas ano.
O volume do comércio mundial de carne de pato equivale a 130 mil toneladas por ano. Desse total, a Europa responde por mais de 50% e suas importações são crescentes, porque sua produção não tem crescido suficientemente para atender à demanda.
(Alessandro Bonassoli, da Assessoria de Comunicação)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

+ Lidos